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•dezembro 23, 2009 • 1 Comentário

Passados 12 anos desde a ultima incursão no cinema de James Cameron; muitas coisas me vêm à cabeça desde o lançamento daquele que foi o filme de maior bilheteria da historia do cinema, muitos torceram o nariz e afirmaram com veemência que o filme seria um fiasco sem tamanho, o filme mais caro da história a ser produzido iria afundar como o navio de mesmo nome levando junto consigo a carreira de seu diretor, mas tudo isso foi revertido quando em sua estréia, o filme deu uma prévia do que estava por vir.

Sucesso de público e boas criticas alavancaram ao filme a premiação máxima no Oscar sendo vencedor em 11 categorias inclusive de Filme e diretor (particularmente não gostei do filme por se tratar de uma historia de amor comum em que o navio era utilizado meramente como pano de fundo, mas que tem seus pontos positivos por ter um roteiro enxuto e que prendia o expectador na poltrona do cinema). Depois desse espaço de tempo a sensação que se tinha a respeito de seu novo projeto era o mesmo a estréia de Titanic que poderia ser um fiasco. A cada noticia que nos chegava da mídia especializada a mesma nos deixava apreensivos. Muito se divulgou que o filme seria uma revolução na maneira de como se fazer e de presenciar o cinema, seria a nova revolução, tal como a mudança dos filmes mudos para os filmes com som assim como dos pretos e brancos para os coloridos.

Toda essa introdução era necessário para explicar toda mística que foi criada em torno do novo filme de Jim Cameron. Trazendo uma narrativa que combina seqüências filmadas em sets com outras geradas completamente por computadores o filme narra a historia do ex fuzileiro naval Jake Sully (Sam Worthington) que se alista num projeto do governo americano com a missão de substituir o irmão gêmeo falecido, na intenção de colonizar o Planeta Pandora, localizado na galáxia Alfa Centauro, como o ar respirado no planeta é impróprio para os humanos, são criados Avatares híbridos com DNA alienígena e humano onde por um processo que sua consciencia passa para o seu Avatar correspondente.

Aparentemente uma historia comum, se quem estivesse por trás das câmeras não fosse um grande diretor, ele é concebido como uma espécie de Dança com Lobos, futurista em que faz varias referencias a outros filmes, tais como Matrix, A Missão e pela atitude dos habitantes do planeta Pandora, me lembrou muito O Último dos Moicanos, principalmente em suas vestimentas e cortes de cabelo.

No desdobrar do enredo percebemos que nosso personagem principal começa a se identificar com o povo chamado aqui de Na’Vi e acaba se apaixonando pelos costumes e principalmente por uma alien de nome Neityri(Zoe Saldanha), onde Jake vai de encontro com o líder da missão o coronel Quaritch (Stephen Lang).

Com uma direção precisa Cameron detalha cada trecho de Pandora e nos faz acreditar que aquilo realmente existe e tem vida e que não foi invenção de sua mente (ele desenvolveu toda a vegetação do Planeta baseado em documentários que o mesmo fez no fundo do mar nesse tempo afastado dos cinemas), as cenas noturnas são incríveis mostrando animais e plantas que brilham no escuro, plantas que acendem uma luz a medida que se pisa e tantas outras coisas que perderia horas e horas a falar.

Mas nada disso seria possível se a interatividade dos habitantes do planeta com sua fauna e flora fosse tão crível aos olhos do espectador, onde se consegue entender o porque daquela ligação entre os três.

O filme também levanta uma critica ferrenha ao governo americano, com sua política de dominação, que não poupa civilizações: com suas culturas, credos e muito menos seus costumes em prol de algo que seja em beneficio próprio. Ele nos deixa essa questão para ser refletida, pensada, discutida e por vezes por que não dizer seguida, os motivos que levam os humanos da terra para o planeta lembrou-me muito os colonizadores europeus com sua política de extração e dominação, e mais recentemente os EUA que em busca de petróleo levantou e levanta uma verdadeira empreitada contra os países do Oriente Médio (fui longe) para satisfazer suas necessidades.

Mas a ultima questão a ser levantada é sobre a revolução a qual James Cameron se propôs a nos apresentar. Confesso que esperava mais do que nos foi apresentado, mas é absurdamente superior a outras tecnologias de captura de movimento, que os movimentos são perfeitos e complexos, a interação dos humanos com fauna, flora e aliens é fantástica vide a qualidade, em momento algum percebemos o que é gerado por computador e o que é cenário, nada disso seria possível se as atuações não fossem no mínimo perfeitas, Zoe Saldanha com uma atuação perfeita, encanta com seus movimento graciosos e temos a sensação que ela realmente existe. E se o ator Andy Serkis interpretando Gollum, em Senhor dos Anéis, mereceria uma indicação pela sua interpretação, não me admira que ela seja indicada como atriz coadjuvante. Com tudo que já se foi falado duas coisas me chamaram a atenção a primeira foram os olhos que nunca em filmes com captura tinham vida, enquanto nesses eles não somente quebram essa barreira assim como percebe-se em varias vezes na produção a dilatação dos mesmos.

James Cameron nos brinda com um ótimo filme, em que ele mistura vários estilos, sejam Sci Fi, filmes de conquista, a espera realmente foi gratificante, e esperemos que ele não demore tanto tempo para nos brindar com outra obra prima.

Nota: 10,00 8,00

Bastardos Inglórios

•dezembro 22, 2009 • 1 Comentário

Quase 5 anos se passaram desde que o diretor e roteirista mais criativo dos anos 90 Quentin Tarantino, lançou seu último filme Kill Bill, (Á prova de morte não conta por se tratar de uma parceria com um de seus colaboradores mais freqüentes), muito se especulava sobre o que seria tratado no seu próximo filme.

Quando os veículos de informação noticiaram que seu próximo longa seria sobre um grupo de soldados na segunda guerra mundial, muitos torceram o nariz, pois achavam que todas as boas historias sobre a guerra já tivessem sido contadas. Como fã assumido de Tarantino esperava ansiosamente sobre sua nova obra prima, e cada noticia que chegava aos meus olhos e ouvidos, mais expectativa era criada pelo produto que seria apresentado.

Considerado como o roteiro que Tarantino não conseguia terminar o diretor anunciou no penúltimo festival de cinema de Cannes que seu filme seria lançado no mesmo festival no ano seguinte. E foi justamente isso que aconteceu, o filme foi lançado em Cannes desse ano.

Considerando, que todas as boas historias sobre o tema proposto acima já foram contadas, Tarantino usa um fato histórico com personagens históricos (Hitler e Goebbels) para montar seu filme em um universo paralelo onde sua cabeça é quem determina os rumos tomados naquele evento.

Com atuações mais que precisas de seus personagens, o diretor amarra uma historia envolvendo duas histórias que se encontraram no desfecho final.

A primeira fala de uma judia, Shosanna (Mélanie Laurent) que é obrigada a fugir, depois que a mesma assiste a execução de sua família pelo coronel Hans Landa (Christoph Waltz) (que é um achado), e foge para uma cidade francesa onde ela muda de identidade, e se torna dona de um cinema. A segunda narra o cotidiano de um grupo de soldados americanos chamados Bastardos Inglórios liderados pelo tenente Aldo Raine (Bradd Pitt) (mais caricato impossível), que tem como única obrigação assassinar soldados alemães.

A premissa acima não revela grandes coisas ou grandes informações, pois só assistindo o filme para entender todas as referências que Tarantino se propõe a misturar. Desde a música inicial aos diálogos, e ao final assustador o filme nos mostra uma homenagem ao cinema como arte, a abertura do filme que nos lembra o inicio dos filmes faroeste de Sérgio Leone, a escolha de Enio Morricone para a trilha sonora, o sotaque de Brad Pitt a la Marlon Brando, o nome do filme, a historia de guerra, tudo toma grandes proporções mas sem nunca perder seu ritmo, e acima de tudo, sendo um filme de Tarantino.

Confesso que algumas coisas me chamaram a atenção, a primeira delas a falta de um ator que estivesse com sua carreira perdida e que apareceu como forma de reencontrar o rumo do seu trabalho, vide alguns de seus filmes anteriores (John Travolta, Uma Thurman, David Carradine). Segundo o filme é narrado em três línguas diferentes, muita coragem de sua parte por utilizar dessa maneira, fazendo com isso a meu ver, uma certa crítica ao cinema americano em que todas as suas produções são rodadas em sua língua natal, independente do local onde o fato se desenvolve. A escolha de um ator consagrado e de nome para encabeçar seu elenco e a maior de todas elas o coronel Hans Landa, o caçador de judeus, que com uma atuação destruidora ofuscava todos os outros atores em cena, roubando todos os olhares para si (vide a maneira como ele se mostra um gentleman mas mostrando a sua verdadeira face cruel).

Uma cena me chamou bastante atenção, uma característica de Tarantino é a da elevação da tensão que seus espectadores se acostumaram, a cena o restaurante em que tudo começa com uma simples bebedeira e que tem um desfecho altamente brutal, vide a violência retratada; sendo a melhor cena do longa com seus closes nos rostos dos personagens e na tensão que os mesmos vão sendo submetidos.

Contudo fica a ressalva, ame ou odeie, esse não é um filme que os críticos mais ferrenhos de suas produções iram gostar, pois todos os elementos do cineasta estão lá, violência gráfica, bons e longos diálogos, divisão do filme em capítulos entre outras coisas das quais passaria o resto do dia a escrever.

NOTA: 9,0

Akira

•outubro 20, 2009 • Deixe um comentário

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Quando comecei a escrever matérias neste blog queria ter uma abordagem minha, completamente diferente sobre temas e assuntos dos quais eu gostava.  Com essa proposta comecei colocando algumas matérias sobre cinema, cultura pop, contra-cultura, música entre outras.

Lendo uma matéria em um blog de um amigo meu, ele tinha escrito uma crítica sobre um longa de animação (na verdade um filme).

Sendo uma de minhas paixões também, os desenhos sempre me fascinaram, pois era a única mídia que tinha a possibilidade de ter reais interpretações de seus personagens sendo elas em alguns casos quase humanas. Entrei em toda essa apresentação para citar um filme que considero quase perfeito devido a sua historia, as referências as quais ele presta, e outras coisas que serão explanadas com o passar do texto.

Pois bem, o filme que me refiro Akira, a obra prima de Katsuhiro Otomo, um filme que faz claras referências ao universo Cyberpunk.

A história desenrola-se em Neo-Toquio, uma cidade do Japão que é reconstruída (sobre o que é hoje a Baía de Tóquio) depois de ter sido destruída na III Guerra Mundial. Com o passar do tempo constatamos que a III Guerra Mundial foi (supostamente) iniciada pelo crescimento incontrolável de poderes sobrenaturais de uma criança chamada Akira, que foi registrado num programa governamental secreto de pesquisa. No tempo real do enredo, 30 anos depois da III Guerra Mundial, uma gangue de motoqueiros liderados por Kaneda é envolvido numa luta com a gangue rival, quando o membro mais novo do gangue de Kaneda, Tetsuo, colide numa auto-estrada com uma criança misteriosa que havia escapado do programa de investigação psíquica secreta do governo. Tetsuo é depois levado pelos responsáveis deste programa governamental juntamente com a criança, e são sujeito às mais diversas experiências. O incidente com a criança misteriosa bem como os testes realizados acordaram os poderes latentes de Tetsuo, com desastrosas conseqüências tanto a nível pessoal, bem como conflitos interpessoais com os seus amigos, e a nível mais amplo, uma vez que Neo-Tóquio é novamente ameaçada por outro incidente. (Retirado do Wikipédia)

Inicialmente Akira foi concebido com a idéia de uma revista pelo seu criador que foi posta em circulação. Conforme sua historia fosse escrita, e visto seu potencial cinematográfico teve-se o interesse de levá-lo ao cinema, o que fez que o processo de criação da revista fosse ficado de lado (para mais tarde ser retomado) em prol de outra mídia, e que exigia um trabalho maior de seu criador, e sua equipe criativa. Seguindo a mesma premissa com algumas diferenças para se adequar ao novo formato, foi realizado um trabalho impecável da equipe de desenhos, que fizessem que todos os movimentos e feições do rosto tal como a fala, respiração, piscar de olhos, fosse perfeitamente interpretados pelos personagens, as vozes e fisionomias eram perfeitas, criando para a época uma coisa nunca antes pensada devido a tal o apuro técnico.

Mas e a historia funciona? Sim, os japoneses que sempre foram um povo preocupado com as questões nucleares nos brindam com uma visão da juventude, sem expectativa de vida, que se unem e se transformam em gangues como forma de sobreviver em um local de extrema hostilidade, a visão que se tem do futuro da civilização nos remetem a muitos filmes em que o futuro é imerso no caos, o mais próximo Blade Runner – O Caçador de Andróides

Posteriormente, não existe um anime de Akira, só se sabe que o filme em anime foi criado através dos fatos acontecidos no MANGÁ. AKIRA (o filme) foi produzido entre em meados de 1987, sendo um filme audacioso; longa metragem de 124 minutos tendo como principal mídia o cinema.

Akira gira em torno da idéia básica de indivíduos com poderes sobre-humanos, em particular as capacidades psicocinéticas, mas grande parte da história não se concentra apenas nestas capacidades, mas, sobretudo nas pessoas envolvidas, problemas sociais e políticos. O comentário social não é particularmente profundo ou filosófico, mas, sobretudo um olhar crítico sobre a alienação da juventude, a ineficiência e corrupção do governo, e um sistema militarizado, desagradado com os compromissos da sociedade moderna.

Como não poderia ser mais comum, o filme foi baseado no mangá homônimo. O lançamento no Japão aconteceu no dia 16 de Julho de 1988, exatamente o mesmo em que Tókio é destruída no filme. Akira foi um divisor de águas. Depois dele, as produções japonesas ganharam uma visibilidade e notoriedade nunca antes vista.

Com o sucesso de Akira, produtores de Hollywood estão em processo de trazer uma versão em live action do filme, só que dessa vez será com atores de verdade, que será uma versão americana para o clássico do anime. A cidade de Neo Tokio seria substituída por New Manhattan na versão do cinema, que seria equivalente a cidade reconstruída no pós apocalipse do anime. Outra possibilidade divulgada é a de que Leonardo di Caprio assuma o papel de Kaneda e Joseph Gordon Levitt ser Tetsuo. Comentem.

Beatles mostram que ainda sabem fazer sucesso!

•outubro 15, 2009 • Deixe um comentário

Uma noticia pegou as pessoas que apreciam a música como eu, desprevenidas. O tão aguardado relançamento da discografia oficial dos Beatles no dia 9 de setembro deste ano (já se passou) em edições totalmente remasterizadas.

Desde o aparecimento dos primeiros CDs com as gravações dos vinis, que os fãs mais ardorosos dos Quatro rapazes de Liverpool não aceitaram a forma e o tratamento que deram as canções do grupo. Sendo estas, meramente copias dos discos originais sem nenhum apuro técnico e nenhum trabalho dos engenheiros de som, os tais discos tinham qualidade bastante inferior aos vinis.

Foram necessários quatro anos, até que a equipe de engenheiros da Abbey Road Studio conseguisse dar a sonoridade tão desejada por George Martin nos discos quando os mesmos ainda eram em Mono. Na verdade uma sonoridade tão boa em Stereo. Tudo isso feito nos mínimos detalhes e com o máximo de apuro técnico possível.

Em todo o mundo foram lançados os 13 álbuns, que foram estabelecidos como discografia oficial e mais o álbum Past Masters Vol. 1 e Vol. 2, e para colecionadores mais xiitas, ainda dois Boxes um contendo os discos nas versões em Mono e um na versão em Stereo.

Mas depois de pouca explicação, algumas perguntas podem vir a ser feitas: a qualidade dos discos realmente impressiona, este lançamento seria realmente necessário? A resposta pra essas e outras perguntas é simples: SIM.

Ainda não tive a oportunidade de escutar todos os discos, mas pelo que pude conferir de alguns discos, posso ter certeza que as bolachinhas prateadas estão realmente perfeitas, a qualidade apresentada nas canções é incrível. O som dos Beatles nunca soou tão pesado e tão jovial, e olha que escutei apenas A Hard Day’s Night, Meet the Beatles e Help!; os instrumentos que mal eram ouvidos a exemplo o baixo parece mais encorpado e com mais vigor, a bateria é altamente destruída e me parece muito mais pesada e as guitarras parecem que são até mais bem tocadas, no fim das contas os instrumentos soam bem melhores e mais limpos, as vozes estão conseguem atingir um alcance até então nunca escutado nos CDs. Deve-se salientar também que todos os outros instrumentos que aparecem no decorrer dos discos, parecem muito mais sonoros; no conjunto total a obra deixa de ter aquele aspecto de som abafado e ganha muito em qualidade. Um trabalho de mestre, a altura dos músicos que foram Lennon e Harrison e que ainda são McCartney e Star.

Mas como todo lançamento na indústria fonográfica, eles vão deixar os interessados em adquirí-los alguns trocados mais pobres. As bolachinhas vão chegar com os valores entre 35,00 (discos simples) e 50,00 (discos duplos) reais enquanto os Boxes especiais vão custar em torno de 900,00 (caixa stereo) e 1200,00 (caixa mono) reais, valores bem salgados se considerarmos a atual situação que a indústria da música se encontra.

Todo esse alvoroço se deve principalmente pelos 40 anos de vida do álbum Let it Be, álbum que saiu depois do término da banda que também contou com um jogo de videogame para tais comemorações e os relançamentos.

Depois de tudo que já foi falado e escutado sobre os Beatles fica a tão incensada pergunta, será que as gerações posteriores (assim como eu) aos quatro rapazes de Liverpool, estão preparados para eles ou o som que eles produziam pode soar datado, poderá este ser o ultimo súspiro da indústria fonográfica, ou será uma nova retomada? Fica a pergunta. Comentem.

Se beber não case

•agosto 27, 2009 • Deixe um comentário

O que faz um filme conquistar publico e critica; as mãos hábeis de um diretor para atrair o melhor de seus atores, ou contar a mesma historia que vemos em outros filmes com um toque peculiar, ou até mesmo uma historia muito boa (que é uma coisa cada vez mais rara no cinema)?

É com essa pergunta que começo a resenha desta comédia, com uma historia que quando começamos a assistir tem-se a sensação de que já vimos esse tipo de filme em algum lugar, no inicio da projeção temos a conversa de Doug (Justin Bartha) e Allan (Zach Galifianakis), respectivamente noivo e cunhado, onde os dois falam sobra à despedida de solteiro de Doug, onde vão para Las Vegas juntamente com dois outros amigos passar a ultima noite como um rapaz não comprometido com sua esposa. Já no inicio do filme vemos uma questão interessante a ser abordada, sobre a questão da aceitação ou não de um novo membro na turma.

Daí em diante começamos a conhecer o restante dos personagens, temos Stu (Ed Helms), e Phill (Bradley Cooper). Os quatro armam uma empolgada despedida de solteiro na cidade dos cassinos e por ai vai se fazendo a construção dos personagens um a um, cada um com sua particularidade, desde o rapaz louco que faz as coisas sem medir as conseqüências, desde aquele que faz tudo usando o lado racional, mas que percebemos que o mesmo é preso em uma vida que ele não queria estar e fazer parte, sendo esse um dos pontos altos do filme por que indivíduos tão diferentes desenvolveram um laço tão grande de amizade.

Chegando a Las Vegas, tem-se inicio a noite. Na manhã seguinte a turma acorda no quarto do hotel tremendamente bêbados, sem saber o que se passou na noite anterior e com um pequeno detalhe o noivo não estava entre eles em comparação estavam um bebê um tigre, uma galinha e o quarto tremendamente destruído. Com o passar do tempo eles percebem a quantidade de loucuras que cometeram, e vão à busca do noivo, mostrando situações inusitadas, mas em momento algum, difíceis de acontecer. Com um elenco extremamente afiado, os protagonistas dessa aventura nos presenteiam com atuações inesquecíveis, desde o farrista Phill vivido por Bradley Cooper que a cada dia vem ganhando mais e mais espaço no cinema americano saindo de coadjuvante para papeis principais, ao contido Stu vivido por Ed Helms nos fazem rir na medida certa, mas quem ganha o filme é o humorista Zach Galifianakis, como um cara altamente sem noção ele é dono de todas as piadas engraçadas no filme nos fazendo rir sem nunca soar exagerado, outra grata surpresa é a presença de Heather Graham, (novamente no papel de uma Prostituta), que andava meio sumida é a parte feminina que faltava a história, e um Mike Tyson fazendo piada de si mesmo comentando que quando estamos chapados fazemos muitas besteiras. O diretor Todd Philips nos presenteia com uma ótima comedia, uma das melhores do ano, criando situações inusitadas, mas nunca fora da realidade.

Na verdade o estilo de comedia americana tem-se mostrado mais vivo do que nunca. Nos últimos anos, depois que o Midas da comedia Judd Apatow descobriu a maneira de se fazer rir novamente no cinema, muita gente seguiu sua fórmula: os adolescentes loucos por sexo da década de 80 deram lugar a homens mais velhos que insistem em não deixar a puberdade ir embora, nos mostrando como nós homens podemos nos familiarizarmos com seus personagens.

Detalhe, isso é Spoiler: o que se passa na noite anterior nos é mostrado em forma de fotos encontrados em uma maquina fotográfica de um dos rapazes ao final da projeção, o que torna o desfecho muito mais engraçado, mas particularmente eu preferia não saber o que se passou na noite para ficarmos com a curiosidade depois do filme, outra coisa que ate agora estou sem entender e que não deixou em momento algum claro sua aparição foi à presença da galinha no quarto de hotel.